Otoplastia

Cirurgia de orelhas de abano

O que é Otoplastia?

Orelha em abano é um defeito congênito, de característica familiar, geralmente bilateral, cujas alterações consistem em um aumento do ângulo (abertura da orelha) em relação à cabeça e alterações de alguns relevos da orelha. A cirurgia se propõe a modelar a cartilagem auricular sem aumentar o tamanho das orelhas, sendo que se houver aumento do tamanho aceitável das orelhas, este também pode ser diminuído.

Sobre a cirurgia

A idade ideal para a correção deste tipo de alteração é a pré-escolar, ou seja, dos cinco aos sete anos de idade. Isto porque nesta idade as orelhas já estão totalmente formadas e no tamanho de adulto e também para evitar problemas de ordem psicológica em função de comentários e zombarias por parte dos colegas. Todavia, nada impede que tal correção seja feita em outras fases posteriores da vida.

Pré-operatório

Após conversar com seu médico e esclarecer todas as suas dúvidas, ele lhe indicará alguns exames de rotina que recomendamos sejam feitos cerca de 10 dias antes da cirurgia. Também uma avaliação clínico-cardiológica (risco cirúrgico) será recomendada. Em casos determinados podemos solicitar outros exames específicos que possam ajudar no esclarecimento diagnóstico, como por exemplo, uma avaliação otorrinolaringológica.

Lembre-se das recomendações gerais para as cirurgias, como não usar, por 2 semanas antes medicamentos à base de AAS, anticoagulantes, corticóides de uso prolongado ou medicamentos para emagrecer. Abstinência do fumo por 30 dias antes da operação; não usar cremes ou maquiagem faciais a partir da véspera da cirurgia; jejum de acordo com a recomendação médica (10 horas antes da cirurgia); comunicar ao seu médico qualquer anormalidade ou uso recente de medicamentos, alergias medicamentosas ou alimentares; guardar em casa objetos pessoais como jóias e bijouterias e alguma outra recomendação que venha a ser pertinente.

Acordar de jejum no dia da cirurgia, tomar banho completo e chegar ao Hospital 1 hora antes da cirurgia com acompanhante.

A cirurgia

Esta cirurgia é realizada sob anestesia local e sedação, podendo ser geral a critério do anestesista e do cliente. Quando a criança é de baixa idade e se apresenta muito agitada ou ansiosa com a cirurgia, recomendamos a anestesia geral para conseguirmos a devida imobilização do(a) paciente. Neste aspecto é muito importante que a criança esteja motivada para a cirurgia e realmente desejando as melhoras propostas pois assim ela participa e colabora bastante com o procedimento, até permitindo a cirurgia com anestesia local.

A duração do procedimento é de aproximadamente duas horas e devemos lembrar que o tempo de bloco cirúrgico é maior devido à preparação e à recuperação pós-anestésica. Não há necessidade da internação hospitalar, ou seja, o (a) cliente pode ir para casa no mesmo dia, salvo se ocorrer alterações pós-operatórias (recuperação anestésica, sangramentos).

As cicatrizes deste tipo de cirurgia são geralmente imperceptíveis em razão de se localizarem atrás das orelhas. Sendo uma região de pele muito fina, a tendência da cicatriz é ficar de bom padrão. Como toda cirurgia, as particularidades existem e também as maneiras específicas de tratá-las. Em situações especiais incisões anteriores nas orelhas (futuras cicatrizes) poderão ser necessárias para cuidar destas peculiaridades. Estes casos serão detalhadamente esclarecidos nas consultas pré-operatórias.

As cicatrizes também podem evoluir mal, dependendo de cada organismo.

Pós-operatório

Normalmente esta cirurgia não apresenta um pós-operatório doloroso. Mesmo assim se apresentar algum grau aumentado de sensibilidade dolorosa, o uso de analgésicos comuns resolvem bem e serão recomendados em sua prescrição de pós-operatório. Somente use medicamentos recomendados pelo seu médico, seguindo todas as orientações dadas pela equipe cirúrgica. É melhor que você esclareça suas dúvidas com quem o(a) operou ao invés de pedir orientações a amigos que não conhecem detalhadamente o seu caso. O(a) paciente sai da cirurgia com um curativo semelhante a uma touca, que permanece por 2 a 3 dias, protegendo as orelhas de qualquer traumatismo. Aí então este curativo é retirado, programando a retirada dos pontos após 10 dias. Retornos adicionais serão comunicados pelo cirurgião e devem ser seguidos para uma completa recuperação e avaliação dos resultados.

Nas primeiras 2 a 3 semanas as orelhas ficam bem inchadas e um pouco mais sensíveis. È sempre bom lembrar que o nosso organismo necessita de algum tempo para se recuperar do trauma cirúrgico. Após cerca de 1 mês, já é possível fazer uma  melhor avaliação dos resultados, apesar do processo cicatricial ainda não estar completo.

Durante 3 meses, recomendamos o uso de uma faixa de proteção (que poderá ser usada quando estiver em casa e à noite ao deitar) para não dobrar as orelhas, sendo isso necessário para a completa cicatrização da cartilagem.

A cliente receberá  alta hospitalar com todas as recomendações necessárias a uma boa recuperação:

  • Repouso de atividades físicas e  limitação de movimentos bruscos e amplos;
  • Deitar com o tronco elevado por almofadas e travesseiros. Não deitar de lado ou de bruços até que seja autorizado pelo seu cirurgião. Não deitar apoiando nas orelhas;
  • Banhos  somente com a autorização da equipe cirúrgica, não molhando o curativo;
  • Não trocar ou manipular os curativos, mesmo que haja um pequeno sangramento (que é normal e não deve assustá-lo(a)). Todas as trocas de curativos deverão ser feitas pela equipe cirúrgica ou orientadas por ela;
  • Após 1 mês poderá retornar a suas atividades físicas habituais como, ginástica, natação etc;
  • Exposição ao sol com o intuito de bronzear somente será permitida após 30 dias. Até aí, pequenas caminhadas sob o sol poderão ser feitas com o uso de bloqueadores solares;
  • O(a) paciente jamais deverá fazer compressas quentes na área operada, para melhorar o inchaço. A pele ainda estará sensível e poderá ocorrer queimadura de 3º grau.

Geralmente os resultados são muito bons, mas é importante salientar que quase sempre a orelha direita é diferente da esquerda e assim, alguma assimetria poderá existir após a cirurgia não sendo decorrente do procedimento, mas sim do próprio formato assimétrico das orelhas antes da cirurgia, bem como de alterações do contorno ósseo do crânio que podem projetar as orelhas de forma diferente.

Intercorrências

As intercorrências são situações que surgem no período pós-operatório e não interferem no resultado. São exemplos: equimoses (manchas roxas na pele), edema (inchaço), pequenos hematomas que podem drenar espontaneamente ou necessitar drenagem cirúrgica, eliminação de pontos internos (por volta de 3 semanas), deiscência de pontos (abertura do corte), etc. Outras intercorrências indesejáveis e mais complexas, que felizmente são raras : infecção, grande deiscência de pontos, necrose parcial ou total da pele das orelhas, grandes hematomas que precisam ser drenados e as intercorrências pertinentes a qualquer procedimento cirúrgico. Nestas eventualidades é fundamental manter a calma e conversar profundamente com seu médico que cuidará atentamente do seu caso. O(a) paciente não deve transmitir a existência destas intercorrências a seus amigos e familiares. Eles poderão deixá-lo(a) inseguro(a), nada podendo fazer efetivamente para ajudá-lo(a). Isto gera angústia dúvidas e insegurança. Continuar confiando no seu médico ainda é o melhor caminho e ele saberá como lhe ajudar.

A recidiva da orelha em abano é uma condição pouco comum que pode ocorrer, dependendo da técnica operatória empregada e dos cuidados pós operatórios seguidos pelo cliente.

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